Por:
João Baptista Vilhena
Na
última vez escrevi sobre mitos e inverdades em treinamentos. Hoje quero fazer
exatamente o contrário. Dessa forma, procurarei esclarecer que se o treinamento
não funciona, a culpa não é da ferramenta, mas sim de quem a manipula.
Há
quatro regras básicas que, se seguidas à risca, aumentam em muito a chance de
um treinamento ser bem-sucedido. São elas:
1.
Criatividade –
Ninguém mais aguenta exercícios supermanjados, como o antigo “Viagem à Lua”.
Além do mais, vive-se uma era em que a tecnologia está permanentemente presente
em nossas vidas. Para ser bem-sucedido, um treinamento tem de envolver
criativamente o participante, levando-o a internalizar conceitos sem ter de
praticar a famosa “decoreba”. Também é preciso ter em mente que o modelo “cuspe
e giz” já está esgotado. Treinamentos eficazes precisam envolver as pessoas.
2.
Emoção e interesse – Houve
uma época em que se chegou a pensar que os treinamentos deveriam, única e
exclusivamente, estar voltados para o desenvolvimento da mente dos
participantes. Era o tempo em que se acreditava que por meio de desafios
cerebrais as pessoas aprenderiam mais. A experiência vem desmistificando essa
ideia. É preciso estimular o lado emotivo dos participantes. Somente dessa
forma é possível desenvolver a inteligência emocional, tão importante quanto a
racionalidade na hora de vender produtos e serviços.
3.
Pertinência – Não é
pequeno o número de treinamentos que parecem “não ter nada a ver” com o
objetivo que prometiam atingir. As gerações mais recentes são muito diretas e
não gostam de ficar perdendo tempo com rodeios e abstrações que raramente
contribuem para o correto entendimento da mensagem que se deseja transmitir.
Assim sendo, quanto mais objetivo, curto e direto for o treinamento, melhor.
4.
Compreensão –
Muitos instrutores estão mais preocupados em fazer rir e relaxar do que com a
ideia de passar uma mensagem lógica, clara, curta e direta. Nada contra o uso
do humor no treinamento, muito pelo contrário. Mas devemos ter sempre em mente
que ser engraçado é interessante, mas ser compreendido é essencial. De que
adianta passar algumas horas muito legais se no fim não conseguimos sequer nos
lembrar do tema-chave do encontro do qual participamos?
Posso
garantir que as empresas que contratam treinamentos tendo em mente os quatro
princípios descritos costumam comemorar o excelente resultado que obtêm do
trabalho.
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