Infelizmente, a maioria dos profissionais de treinamento e
desenvolvimento não sabem
diferenciar um fundamento de sua atuação: a diferença entre uma coisa
e outra.
Assim, é comum que se enfatize a necessidade de treinamento, mas esqueça-se
do
elemento básico da validade das ações de treinamento, que é o
desenvolvimento.
De maneira sucinta, pode-se caracterizar tais elementos da seguinte forma:
Treinamento – Trata-se de ações didaticamente dirigidas ao aperfeiçoamento de
competências e habilidades de pessoas, através da elaboração
de programas cujo
objetivo é inferir positivamente em tais áreas, levantando previamente
as necessidades,
enfocando-as através de uma metodologia didaticamente válida e
mensurando,
posteriormente, os graus de aproveitamento e prática de tais instruções, com
ganho de desempenho e motivação para a empresa e o próprio indivíduo.
Porém, uma das maiores falhas dos programas de treinamento da maioria das
empresas
é a chamada prática pontual, isto é, a ação
episódica no treinamento, em que as
necessidades de
aperfeiçoamento de competências e habilidades não são atendidas de
forma sistêmica, mas apenas esporadicamente
e sem continuidade.
Tal prática é altamente nociva, pois além de não tornar o investimento
efetuado em
ganho permanente
para a empresa, desmotiva os treinandos e, em suma, traz descrédito
para o
profissional de treinamento, que se vê tolhido em “atacar” efetivamente os
problemas detectados nas diversas equipes.
Assim, é fundamental que os programas de treinamento sejam planejados e
executados
de forma
continuada, proporcionando o desenvolvimento efetivo dos recursos humanos
da empresa.
Por conseguinte, podemos caracterizar o desenvolvimento como a ação
instrucional
continuada de
aperfeiçoamento de conhecimentos, habilidades e competências, em
consonância com os objetivos estratégicos da
empresa, em determinada faixa de tempo.
O desenvolvimento caracteriza a execução de treinamentos em etapas
seqüenciais,
modulares ou interligadas, dentro de um
mesmo objetivo, dosando os graus de investimento,
dando tempo para
a incorporação progressiva das instruções e gerando uma expectativa
positiva para os
recursos humanos, na medida em que se sentem direcionados ao
crescimento
permanente.
Pare um instante e analise o quanto, em termos de tempo, dinheiro e energia
está sendo
gasto com ações de treinamentos
desamarradas, que não tem continuidade e, muitas
vezes, não
traduzem as necessidades reais da empresa quanto aos seus objetivos
estratégicos.
É hora de repensar os programas de treinamento e otimizar os investimentos em
pessoas,
aliás a chave para um crescimento
empresarial sustentado.
Assim, recomendamos a verificação de alguns pontos fundamentais:
1- Como os clientes internos estão enxergando as necessidades de treinamento
de suas
equipes, em
conexão com os objetivos estratégicos da empresa?
2- Tais necessidades focam o desenvolvimento de competências e habilidades?
Ou são apenas
formas de “motivar” temporariamente os funcionários?
3- Tais necessidades podem ser dimensionadas em programas que visem um
desenvolvimento
eficaz do funcionário, de modo permanente?
4- Qual é o grau de acompanhamento efetivo dos treinamentos já realizados, de
modo a
medir-se a eficácia dos investimentos
empresariais?
Num país como o nosso, tão carente de mão de obra especializada, não podemos
nos dar
ao luxo de jogar dinheiro fora. Cada centavo
investido precisa prever um retorno para a
empresa, que a
torne mais ágil, mais competitiva e melhor aparelhada para enfrentar as
dificuldades de
mercado.
Se você é um profissional de treinamento, aja de imediato, antes que a
concorrência
descubra uma
forma mais eficaz de desenvolver pessoas.
Sergio Luiz de
Jesus
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